Coluna Gilson Alves

O duro fim de um ciclo

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Todo o rompimento de uma relação é doloroso. E não seria diferente na saída de Renato Portaluppi do comando técnico do Grêmio. Porém, é importante separar o ídolo do treinador. A idolatria nunca será abalada. O então jogador que deu uma Libertadores e o Mundial ao Tricolor em 1983, e depois, na casamata, fez o Grêmio voltar a ganhar títulos após 15 anos, permanecerá na memória dos torcedores. Até dos que queriam a sua saída. Entretanto, o Renato treinador, nas últimas temporadas, errava e muito, tanto que acumulou fracassos. Para embasar esta opinião, preciso enumerar algumas decisões questionáveis, que incluem desclassificações.

Na Libertadores 2019, até poderia perder para o Flamengo, time muito qualificado, mas não da forma que foi, por 5 a 0, com Paulo Miranda na lateral-direita e André jogando o tempo todo no ataque. Pouco antes, já havia uma eliminação para o Athletico-PR, nos pênaltis, na Copa do Brasil, após ter vencido a ida por 2 a 0. André, um centroavante que já havia provado que não podia jogar, também foi titular. Em 2020, a conquista do título gaúcho foi melancólica: taça no armário por ter vencido fora de casa por 2 a 0, mas derrota para o Caxias, na Arena, por um gol de diferença, sendo amassado nos minutos finais e não "entregando o ouro por detalhes".

Na desclassificação para o Santos, na Libertadores 2020, outra goleada: 4 a 1. Vale também lembrar as escolhas de nomes que ninguém explica: escalar Lima em uma final de Recopa, em 2018, Vico em um jogo importante eliminatório, Thaciano, em diversas posições, e fazer ressurgir Paulo Victor em uma final de Copa do Brasil, nada justifica. Eu tenho para mim, inclusive, que Everton Cebolinha, por sua qualidade, acabou mascarando diversos equívocos porque decidia em jogadas individuais.

Enfim, era a hora de sair. Os gremistas não podem ser mal-agradecidos com Renato Portaluppi. Só que os erros cometidos nos últimos anos fazem seu desligamento do clube justo. E eu nem falei das entrevistas coletivas, nas quais por diversas vezes o técnico comentou um jogo que só ele viu.

Ah, vale citar que Renato estava com Covid-19, o que pode, também, ter contribuído para sua saída. Há especulações de que se ele permanecesse no Tricolor ficaria afastado por 60 dias até se recuperar 100%. Mas, não há um pronunciamento oficial sobre esta informação. Renato Portaluppi vai embora. Ficam as saudades do ídolo e a certeza de que era hora de uma troca.

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